sexta-feira, abril 29, 2005

Lançamento da PenetrArte

Mes amis (vocês não estão fartos que eu vos chame isto? Eu estou..), é já no fantástico dia 4 de Maio, sim, ouviram bem, 4 de Maio, que o nº 1 da revista de Estudos Artísticos PenetrArte vai ser lançada! Tcharam! Por iss, caros leitores virtuais, e eu sei que não são mais que quatro, peguem em vocês e participem neste inacreditável e surreal evento, nas instalações do CITAC (AAC, 1º piso)!
14.30 - Apresentação da revista
15.00 - Debate -"Que vanguarda hoje?", com a participação confirmada do Dr. Pedrosa
17.oo - Visionamento do filme "As Bodas de Deus" de César Monteiro
23.00 - Performance poética: Bruno Neiva a recitar poemas de João Rios e originais, Sara Galvão no saxofone.

Estão todos convidados a aparecer! (não, não se paga nada)

Ih há mais de uma semana que não ponho aqui imagens...


I feel good, tararara,... ;) Posted by Hello

Dissertações após (mais) uma desilusão amorosa e um chocolate quente

Pronto, mais uma vez a mais que frustrada LS falha o alvo amoroso, i.e., dá o tiro ao lado, kaput, balde de água fria, gélida, capaz de provocar hipotermia, etc., etc., etc. mais uma vez o fado imutável e cruel a atirou para a paixão impossible, o velho amor platónico idiota, a hipótese zero de procurar um pouco de enfadonha, quotidiana e mais que muito desejada vida amorosa normal, i.e., com alguém fisicamente ao lado. Será que LS ainda não percebeu que está condenada a uma vida solteirona e libresca, onde a suas únicas companhias masculinas que lhe proporcionem um pouco de mimo serão sempre não humanas e com quatro patas, onde passará os serões na sua casa terrivelmente vazia a enfardar chocolates no seu mega sofá, enquanto vê o people and arts e lê um qualquer livro em inglês sobre as perversões sexuais de uma qualquer personagem histórica? LS tem de se conformar com o que o destino faz questão de mostrar a cada novo momento que será o seu futuro ad eternum, infinitum e mais além. Ela já devia ter tomado consciência que, vá para onde vá, goste de quem gostar, aquele que mais quer não será seu e aquele que mais odeia irá fazer questão de a perseguir de uma maneira obsessiva. Que mal fez ela para merecer isto, além de ter nascido sem consentimento e por acidente, destruindo vidas enquanto descia o canal de parto, acabado com futuros promissores enquanto aprendia a andar e falar, e bem que se podia ter dispensado esta última aprendizagem. Afinal, LS nada mais é do que uma dramaturga falhada, uma actriz frustrada, uma amiga da onça, uma filha inconsciente e louca, enfim, LS resigna-se a ser considerada uma obra de arte da natureza, mas faz questão de frisar que é arte completamente má, incompleta e anónima (quase). Porque isto de ser LS já satura um bocado. Sempre à espera que o futuro venha, não consegue aguentar a ânsia para que esse futuro se torne num passado. E mesmo carpendo (ou carpindo?) os diem, haverá sempre uma força superior que congrega todas as forças do universo para que os seus modestos desígnios diários, nem que sejam apenas comer um bom crispante, sejam terrivelmente falhados, e sempre de longe. No fundo, no fundo, o que LS não quer confessar é que, por trás de tanta emancipação, procura da diferença e desejo de superação, algo no fundo de si não deixa de suspirar por uma vida medíocre vivida em função de um horrível marido sem sombra de sentimentos, onde o momento alto do seu dia seria quando ele lhe desse um beijo de boa noite a tresandar a cerveja de má qualidade e cigarros baratos. Isto de ter sistema reprodutivo interno afecta o cérebro de uma pessoa. Quando LS quer pensar em coisas como a situação política mundial, as novas tecnologias ou algum romance de Kafka, é distraída por qualquer ser de ombros largos e nádegas firmes que passe perto, e dá por si a pensar, "que bom pai daria para os meus filhos"! LS está a considerar, neste momento, em, à semelhança dos gatos machos, que são capados para se tornarem dóceis, em se submeter a uma operação de remoção do seu sistema reprodutivo, para se poder dedicar de uma forma mais fiel aos assuntos que realmente interessam, e sobre os quais nunca irá descobrir que, afinal, têm já uma mulher no seu mundo pessoal e íntimo. Assim como assim, LS nunca iria utilizar as suas capacidades reprodutivas. O estudo, sim, é o mundo de LS; por muito má que ela se possa tornar nesta área, sempre haverá a consolação de, um dia, já ter sido boa nisso. Pensando bem, isso não é grande consolação para LS. Melhor seria continuar com o seu nível. Mais a mais, LS não tem mais nada com que se entreter, pois não? Ah, l'amour, l'amour... LS deveria ter-se dedicado um pouco à ciência, apenas o suficiente para arranjar um antibiótico para tal flagelo humano. E LS faz questão de concordar com os teólogos de Borges, que dizem: os espelhos e a cópula são abomináveis, porque aumentam o número de homens. Claro que os espelhos são piores, porque além de multiplicarem fazem questão, todos os dias, de lembrar a LS as suas terríveis e grotescamente reais imperfeições físicas. e isso nem com o inferno se paga. Embora LS adorasse enviar o seu reflexo a enfrentar o mundo de vez em quando, diga-se de passagem. Mas, mais que isso, gostaria que, pelo menos um dia, ou uma hora que fosse, entrasse nesse mundo do espelho, onde tudo, embora reflexo, é contrário, e experimentar o estranho fenómeno descrito em tanta literatura, em tanta música, em tantos filmes, esse acontecimento mais raro que uma chuva de meteoritos, mais difícil que um eclipse total no hemisfério norte, mais espantoso que converter ferro em ouro adicionando apenas umas gotas de água salgada: amar e ser amada.
14-01-2005 D.C. 2:48

O amor é estúpido (poema inédito da vossa anfitriã)

Baseado no poema Todas as cartas de amor são ridículas, de Álvaro de Campos

O amor é estúpido.

Estúpido como uma porta,
Estúpido como as dobradiças de uma porta,
Estúpido como os parafusos das dobradiças de uma porta.

E todos os que amam são idiotas.
Idiotas não de ter muitas ideias fúteis
(O que também se aplica)
Mas idiotas por gastarem o seu tempo
Em algo de inútil e imaterial.

Os que são amados, por seu lado,
Não são estúpidos nem idiotas.
São parvos.
Parvos por se permitirem a provocar
O amor nos idiotas que passam.

Como eu disse, o amor é estúpido.
(E cego e surdo e mudo e coxo e louco)
Estúpido ao quadrado,
Estúpido ao cubo,
Estúpido à pirâmide.

Estúpido.

Estúpido como uma porta,
Estúpido como as dobradiças de uma porta,
Estúpido como os parafusos das dobradiças de uma porta…

…uma porta que fica estupidamente aberta
Para esta vossa idiota
Ver aquele grande parvo passar…

7-V-04, na aula de Português, quando devia estar a comentar o poema Retrato de Torga.

quinta-feira, abril 21, 2005

A Aparição de Lília


Será uma aparição? Será um fantástico efeito especial que descobri sem querer? Hum... Posted by Hello

Estrelinhas fluviais


Um céu aquático, ontem nas Docas ;) Posted by Hello

O Dumas em pêlo e língua


E eis o monstro... ;) Posted by Hello

A pata do Dumas


Uma clara referência ao tipo que disse: "Não nos dês o monstro, dá-nos a pata". Posted by Hello

Rest in peace


Homenagem a Romeu Pimpolho, no dia em que faria 2 anos e 1 dia Posted by Hello
Oh Rrrrrromeu, Rrrrromeu! (que, para quem não sabe, é o meu cão) (20-4-03 - 28-3-05)

Meu bichinho feludo
Cor de dentada
Olhinhos de carvão
Cauda amalucada

Eu digo “não, não”
Que não pode ser assim
Tu fazes “ão, ão”
E ferras em mim

Deixas os teus pêlos
Por todo o lado
Sempre a chatear
Não consegues estar parado

Espetas-te na minha cama
Ao comprido e deus-dará
Aproximo-me e tu rosnas
Lá vou eu para o sofá.

Róis-me toda a literatura
De Shakespeare a Eça de Queirós
Mordes tudo, em todo o lado,
Dos ossos aos meus avós!

Ressonas e sonhas
Danças com cebolas toda a noite
Rebolas e foges
Com medo de algum açoite.

Quando eu me zango e chateio
Ficas a rir-te de mim
Meu cãozinho amalucado
Eu gosto muito de ti

17-X-03

terça-feira, abril 19, 2005

PenetrArte

Está quase a sair o número 1 daquela que é a grande revista de arte e etc de Portugal. Falo-vos, mes petits danones, da PenetrArte. Leiam-na! Devorem-na! Principalmente o artigo profundamente intelectual aqui da vossa amiga. Ah, e o poema do Manel, que está na lista dos 10 mais poemas da minha vida (por acaso, o poema do Manel é a única coisa que até agora conheço da revista além dos meus artigos). SE quiserem enviar donativos para este grande projecto, digam qualquer coisinha, que isso depois combina-se. Bye

My gods, o blog ainda existe...

Mes deares amis, graças a um momento de loucura da nossa cara e quase assassinada Raquelzita, o nosso (meu) blog esteve inacessível durante todo o fim-de-semana. Sim, eu sei que sentiram a falta deste espaço altamente ... qualquer coisa ... na web, mas não pude fazer nada para o evitar. Sem mais assunto de momento despeço-me respeitosamente
A vossa anfitriã, Sariçada que esteve quase à beira de se tornar uma homicida.

sexta-feira, abril 15, 2005

Notícia de última hora

Fui mesmo agora informada que o Dumas me comeu uma das cópias do "Sexo, Drogas e Humanismo". Não se pode dizer que ele coma má literatura, não não... :)
Nota: Sexo, Drogas e Humanismo é a primeira e até à data a única peça completa aqui da vossa anfitriã. Um dia, quando tiver mais tempo, o meu estômago não tiver a dar horas e não tiver de ir ao Pingo Doce comprar ossos para depois correr para o comboio falo-vos mais dela. Serious.

Faltam 8 dias...


Preview: Shakespeare's birthday Posted by Hello
Bardólatros de todo o mundo, uni-vos! Faltam 8 dias( se ignorarmos a treta da confusão de calendarios na era isabelina e nos dias de hoje) para o 441º aniversário de nascimento de Shakespeare e 389º aniversário de morte do mesmo indivíduo. Pessoalmente, estou a preparar uma grande festa privada comigo, com o Dumas e com quem aparecer mais, envolvendo documentários do Biography Channel, filmes, música isabelina e comida renascentista (tou ansiosa para tentar fazer aquele pudim de pétalas de rosa... ou talvez não). Ainda por cima, os meus pais não estão em casa. Ah, ah, ah, que bela luta de almofadas vai ser (a minha vida é TÃO emocionante...)

Milagre no cinema português

Ontem, mes amis, vi um filme português que gostei. Sim, é verdade. E mais, não era daqueles com o Vasco Santana. Eu sei, custa a acreditar. Pior, é que só fui ver o filme porque era à pala, e estava a preparar-me psicologicamente para apanhar uma seca descomunal (a Raquel até sugeriu que levássemos um baralho de cartas, para passar o tempo). É que, depois de ver A Costa dos Murmúrios, uma pessoa começa a ver o caso mal parado neste país. Mas não. A curta "A6-13" é fantástica, e o fim é... qualquer coisa (o meu prof de estética que nunca leia a treta destas críticas valorativas...). "O Milagre Segundo Salomé", meus caros amigos virtuais... o melhor elogio que se pode fazer é que, se não fosse eles falarem português, passava perfeitamente por qualquer filme europeu de qualidade que costumamos ver para aí. Ou seja, é um filme europeu de qualidade falado em português. A história, os actores, a música, os cénários, a luz (um filme português que não é escuro! Hurray!)... Vejam, a sério. A partir de agora nunca mais vou julgar um filme mau à partida só porque é português. Cross my heart and hope to die.

Um novo membro de quatro patas na família (além de mim quando tou com preguiça de andar de pé...)

É oficial, a família Galvão recebeu no passado dia 8 de Abril um novo membro peludo, de quatro patas e completamente passado (para não destoar muito aqui da vossa anfitriã...) Tem dois anos (nasceu a Abril de 2003), castanho, baixinho, rabo gordo (tem de tomar balanço para saltar para cima do sofá) e completamente louco. Sim, é verdade, tenho um cão outra vez. Vizinhos, se preparem. No fim de grandes discussões sobre o nome dele, que estava a variar sobre coisas tão estranhas como Nestlé, Farrusco, Pantufas e Romeu II do lado da minha mãe e Mozart, Amadeus, Verdi, Nietzsche, FuraCão e VulCão do meu lado, lá consegui registá-lo como Dumas, em homenagem ao escritor francês pai sem o qual não teriamos hoje aquele fantástico filme com o Jim Caviezel e o Guy Pearce, "O Conde de Monte Cristo". E em breve terei aqui fotos (do Dumas Cão, não do Jim nem do Guy...) Por isso, vão passando por aqui, naquela...

Argh!


E é assim que as pessoas ficam quando lêem a história da menina de três olhos, segundo fontes não oficiais... Posted by Hello

terça-feira, abril 12, 2005

Momentos de sabedoria alheia (já que a minha anda pelas portas da morte...)

A Vida é Breve, a Arte Longa, a Ocasião Fugaz, a Experiência Duvidosa, o Julgamento Difícil. – Hipócrates

(digam lá que não tem um certo estilo escrever a frase assim, cheia de Maiúsculas…)

Se puséssemos dar pontapés na pessoa responsável pela maior parte dos nossos problemas passaríamos a vida sem nos podermos sentar.Gordon Gray

Que tempos são estes em que uma conversa sobre árvores é quase um crime porque inclui um silêncio sobre tantos malefícios?Bertolt Brecht

Não há nada que alimente tanto a obsessão como a ignorância.
Albert Crumey

Aquele que conhece o “porquê” da sua vida está à altura de qualquer “como”.Nietzsche (que, para quem não sabe e numa de efemérides, era viciado em… chocolate quente!)

E não será que neste mundo há cada vez mais gente e cada vez menos pessoas?Mafalda/Quino

Gostaram? Aein?

O Verão chegou e...


O que eu faço para andar na linha este Verão... Posted by Hello
(pronto, aprendi a pôr imagens aqui e agora não quero outra coisa... :))

quinta-feira, abril 07, 2005


La pasta amiga... Posted by Hello

Cherry Spoon de Claes Oldenburg


Uma colher... bem, isto para mim tem um significado muito mais que fálico... Posted by Hello
É uma longa, longa história.. que eu não vou contar :)

A naifa, a naifa... Posted by Hello

oldenburg é o maior... ou pelo menos faz coisas em grande... Posted by Hello
Atenção: as fotos seguintes do oldenburg não são, de maneira nenhuma, minhas. Fui-as coleccionando nos meus documentos desde janeiro, e já não faço a mínima ideia de onde isto vem.

Carta de amor de um pseudo-intelectual...

Coimbra, 10 de Janeiro de 2005

Minha benquerença:

Estou grávida de nostalgias de vós. No dia que antecede este em que agora temos existência tive um forte devaneio onírico convosco. Estáveis com tal porção de pulcritude, carecido do vosso resguardo para os pedúnculos, desnudado e com as garras nos dinheiros. Eu similarmente lá estava, com uma estética farpela verde-água diáfano, aspergido e unido ao material. Estávamos desacompanhados no meio de nuvens de algodãozinho sacarino. As nossas garras estavam congregadas, assaz congregadas. Os vossos beiços continham uma pigmentação convidativa, e os vossos pectorais deixavam-me alienada. Num ímpeto, contemplastes-me, lúzios nos lúzios. Os vossos lúzios achavam-se de tal modo refulgentes, assim marrom a ausentar-se para o indigo com rajos de relva e uns sulcos rosados. Efectivamente, não concebo personalidade com uns lúzios tão peculiares como os vossos. Justamente, miraste-me nos lúzios e verbalizastes… não verbalizastes peva, porque entrementes o provocador buliu e senti-me forçada por circunstâncias externas a me transferir para uma prelecção enfadonha de METSOPCALAIM - Metodologias Estético-Teóricas da Sociologia da Oficina Portuguesa e Comunidades Audiovisuais Lusófonas da Antiguidade e Idade Média. Oh, mas eu aprecio-vos tanto! Se vós soubésseis o que devaneio efectuar convosco ficáveis mais ruborescido que um testículo! Ou não! Só de vos examinar anafo-me! Precedentemente a vos divisar não afigurava que os monumentos se deslocavam! Estremeço-vos, reverencio-vos, pretendo-vos! Sois tão formoso! O vosso pêlo fulvo às espirais, os vossos inenarráveis lúzios, a vossa penca pontiaguda, as vossas semblantes entufadas, os vossos sobrolhos desgadelhados, o vosso mento proeminente, os vossos cascos sensualmente carcomidos, as vossas garras papudas, a vossa barbela de asqueroso- abrolho, as vossas cílias de meretriz arcaica, as vossas espáduas de varão latino, e reconheço preferível não perseverar…
Convenientemente, meu eros, tenho de concluir agora. Prezo-vos perdidamente, ao infindo e mais arriba, quem me dera que esta treva derramasse um aguaceiro miudinho, que aspergisse o vosso leito e vós viésseis repousar no meu. Ou não!

Ininterruptamente vossa, para indefinidamente e na semana subsequente
A vossa almofadada

Carta de amor de uma pessoa mais ou menos normal..

Coimbra, 10 de Janeiro de 2005

Meu amor:

Estou cheia de saudades tuas. Ontem sonhei contigo. Estavas tão bonito, descalço, nu e com as mãos nos bolsos. Eu também lá estava, com um belo vestido verde-água transparente, molhado e colado ao corpo. Estávamos sozinhos no meio de nuvens de algodão-doce. As nossas mãos estavam juntas, muito juntas. Os teus lábios tinham uma coloração apetitosa, e os teus peitorais deixavam-me doida. De repente, olhaste-me, olhos nos olhos. Os teus olhos estavam tão brilhantes, assim castanhos a fugir para o azul com laivos de verde e umas riscas cor-de-rosa. Realmente, não conheço ninguém com uns olhos tão singulares como os teus. Bem, olhaste-me nos olhos e disseste… não disseste nada, porque entretanto o despertador tocou e eu tive de ir ter uma aula chatíssima de METSOPCALAIM - Metodologias Estético-Teóricas da Sociologia da Oficina Portuguesa e Comunidades Audiovisuais Lusófonas da Antiguidade e Idade Média. Oh, mas eu amo-te tanto! Se tu soubesses o que sonho fazer contigo ficavas mais corado que um tomate! Ou não! Só de olhar para ti engordo! Antes de te conhecer não fazia ideia que os monumentos andavam! Amo-te, adoro-te, quero-te! És tão lindo! O teu cabelo ruivo aos caracóis, os teus indescritíveis olhos, o teu nariz afilado, as tuas bochechas fofinhas, as tuas sobrancelhas despenteadas, o teu queixo saliente, as tuas unhas sensualmente roídas, as tuas mãos papudas, a tua barba de porco-espinho, as tuas pestanas de prostituta velha, os teus ombros de macho latino, e acho melhor não continuar…
Bem, meu coração, tenho de acabar por aqui. Amo-te loucamente, ao infinito e mais adiante, quem me dera que esta noite chovesse uma chuva miudinha, que molhasse a tua cama e tu viesses dormir na minha. Ou não!

Sempre tua, para sempre e na semana seguinte

A tua fofinha

Flashback a Janeiro


claes oldenburg revisitado em serralves... Posted by Hello

A tão falada história da rapariga de três olhos...

Acalmem-se, fãs das histórias idiotas! Aí vem o must-read do non-sense dos cadavres exquis!

Era uma vez uma menina que tinha três olhos. Poderia isto trazer dificuldades para a sua vida jovem? Não, porque dois dos olhos estavam situados na cara e o outro estava... Bem, vocês sabem onde... Essa menina estava muito infeliz, porque além de estar em Direito, ainda não tinha namorado...Ela apenas queria que fosse feita Justiça...
Contudo, a justiça tarda mas não falha. Por isso, um dia, quando ela saiu das aulas, esbarrou com um rapaz alto, louro e japonês. E o segredo de justiça voltou a ser quebrado. Aquele belo protótipo da civilização asiática era tudo o que ela alguma vez tinha sonhado para si... Mas havia um grande problema: ela era alérgica a louros. Um problema genético que a perseguia sempre que se enamorava. De modo que ela começou a espirrar incessantemente e o gentil moçoilo prontamente lhe ofereceu o seu lenço de bolso. Mas ficou com muito má ideia dela, porque atchim em japonês significa "quero cagar, eu quero cagar!". A expressão do rapaz, cujo nome nem a minha avozinha conseguia proferir, foi tão estranha que a pobre rapariga não conseguia perceber. Assim, ele tentou desembaraçar-se dela o mais depressa possível. Eis que o nosso herói surge, ao volante de um Renault 4l, e atropela a gaja e o japonês, tirando-os de vez da nossa história. Mas então que moral poderemos retirar desta história? Nunca espirrem em frente a um japonês!!! E se têm três olhos, que tal utilizarem alguns para ver se estão a passar carros? Talvez tenham razão, mas nada teria acontecido se o parvalhão da renault não tivesse entrado à bruta... Mas esperem lá, isto ainda agora começou! Deixem-me apresentar-vos o nosso herói: chama-se Macróbio, gosta de cinema e de sair à noite – não fuma. Macróbio... mas onde é que eu já ouvi este nome? Bem, mas isso agora não interessa nada. Mas acho que foi naquela cadeira em que estudamos orelhas... e cabelos espetados... Pois, bem me lembro; aquele professor poderia ouvir tudo e mais alguma coisa, o que se explicava pelos quatro ouvidos que tinha desde os seus sete anos. Mas esperem, ainda temos um gato com três caudas, uma empregada da limpeza com cinco pernas e um gajo que não gostava de espargos! Bem, talvez gostassem de saber como é que o Prof. tinha quatro ouvidos...Está relacionado com o nosso herói Macróbio. Quando o Prof. tinha os seus tenros sete aninhos de idade foi atropelado pelo Macróbio no seu Renault 4l. É que Macróbio já conduzia desde o tempo em que era um ágil espermatozóide nas bolsas universitárias de seu pai. Não era fácil para seu pai aceitar esta realidade. Desde que nasceu, Macróbio provocou inúmeros desgostos aos seus bem amados paizinhos. Macro, como lhe chamavam os amigos, ainda não recuperara totalmente daquele dia fatal em que, ao atropelar o Prof., chocara contra uma empregada da limpeza, que por sua vez mordeu um gato, que se atirou em fúria para cima de um espargo que estava nas mãos de um rapaz. Isto parece explicar todas aquelas aberrações, mas talvez devêssemos voltar ao japonês e à rapariga dos três olhos que já estão há duas horas debaixo do carro, e esperam socorro. A rapariga, infelizmente morreu a gritar por socorro porque o Macróbio se estava nas tintas para ela uma vez que era gay. Assim, Macrinho tira o carro de cima do louraço, e este põe-se imediatamente de pé, agradecido, só que nesse instante cai-lhe um avião da TAP com destino a Paris em cima, daqueles que têm aquelas cores foleiras, e de dentro do avião sai aquele sex symbol que é o Jude Law. Com uma imagem de horror e confusão, ambulâncias e outros meios de socorro ainda não haviam chegado ao local, e isto já haviam passado cinco horas depois do acidente com o Renault. É claro que como o Jude Law saiu do avião, houve logo alguém que telefonou para os bombeiros. É que, ao olhar para o Judezinho, cinco raparigas que estavam no local entraram em combustão espontânea. Com três mortos...confirmo... três mortos, nada parecia ter acontecido porque tudo se convergiu para a chegada daquele homem magnífico. Finalmente, chegam os bombeiros e procede-se ao resgate dos sobreviventes, entre os quais estava o actor britânico Rupert Everett. O Macróbio olha para o Rupert, o Rupert olha para o Macróbio... e o Rupert torna-se, nesse momento, estritamente heterossexual. Mas as atenções estavam voltadas para o Jude Law, que estava agora rodeado de várias raparigas. Mas de entre elas houve uma que lhe despertou algo diferente, algo que ele nunca tinha sentido antes por nenhuma mulher – essa rapariga era uma talentosa artista chamada Sara. Mas voltemos ao Macróbio. Pode não parecer verdade, mas tudo estava cada vez mais estranho, e desta vez também os espíritos resolvem manifestar-se nesta já confusa história. Como o Rupert ignorou o Macróbio, este sentiu-se muito deprimido e começou a ser atormentado pelos seus muitos fantasmas. Ao ficar possuído por um deles, Macróbio começou a fazer dança do ventre, a despir-se e a cantar: ale raites reserbaitede, lá lá lá, nas al pendurates, lá lá lá, eu gosto é de galinhas. Estava instalado um ambiente 'fantasmagórico' mas tudo seria mais fácil se os alunos da associação de estudantes não tomassem esse momento para se manifestarem contra o aumento das propinas. Mas se vocês pensam que isto não podia piorar desenganem-se porque vai piorar, isto porque sai do avião nos braços de duas bombeiras histéricas o Robbie Williams, que se torna a paixão platónica mais devastadora que o Macróbio tinha sentido ate então. Só que atrás do Robbie Williams vem o tipo que faz de super-homem na série do fim-de-semana – nu. Mas será que foi preciso uma rapariga de três olhos, para que nos caiam todas estas estrelas à porta da faculdade... se assim é... por favor chovam raparigas de três olhos. No meio desta situação verdadeiramente caótica e no meio de tanta gente, Macróbio sentia-se incrivelmente só, atormentado pelos seus fantasmas e dividido entre o Robbiezinho e o rapazinho da série do fim-de-semana. De dentro da fac. de letras, surge a deslumbrante senhora do bar, que se apaixona imediatamente... pelo Macróbio. o que ninguém sabia era que esta resplendorosa senhora era na verdade uma agente da CIA disfarçada e que estava ali para desmascarar o reitor da universidade. O Robbiezinho apaixona-se perdidamente, inevitavelmente pela deslumbrante senhora do bar. Como se a confusão já não fosse bastante, o Jude Law tinha perdido uma lente de contacto. Um grito se ouviu, e tudo parou... “Encontrem a minha lente, eu exijo que a minha lente seja encontrada!” - ordenou Jude Law. Eis senão quando sai o M. da faculdade e pisa a lente do Jude Law. tudo se volta para M. e Jude, e o silêncio é quebrado com comentários transversais. Devido às suas 4 dioptrias de miopia, Jude Law pede encarecidamente a sua nova amada que conduza os seus caminhos para o resto das suas vidas. De repente, surge um momento verde alface nesta história: alguém surge com uma toalha à cintura e outra nos louros cabelos, as duas toalhas sendo verdes - era o Mr. F.. Bem por momentos pensei que fosse a irmã Lúcia que se tinha convertido ao sportinguismo. O Mr. F. estava no banho quando tudo isto se passou e deu-se ao trabalho de subir as monumentais para vir ver o que se passava. Pelos vistos, tinha-se assustado por ter ouvido o som aterrador de uma lente de contacto a ser pisada. É preciso reparar o ruído ensurdecedor que é produzido quando uma simplíssima lente de quatro dioptrias é quebrada. Quando Mr. F. depara com este cenário até a toalha lhe cai!!! É preciso fazer uma pequena nota: estávamos no Outono, e no Outono as coisas verdes caem. Mas porque crianças podem estar a assistir a este filme resolvemos censurar as seguintes frases................... é fofo é muito fofo, é muito, muito muito fofo, é um bimbo. “És um pão” - disse o Macróbio. “Pois” - disse Mr. Xkinho – “,mas eu estou em dieta de amido.” Mas deixemos a ciência e Mr. F, que regressou logo a casa, e passemos a três colegas que sem saberem estão muito próximas da verdade. Eis senão quando se ouve vindo do nada um sonante "CORTA".

DÍ ÉNDE ORE MAIBI NÓTE, LÉTSS UEITE FORE DE NÉXTE ÉPISOUDE, ORE IFE IOU DONTE UANTE GOU UEST! TU FAUSANDE ENDE FAIVE, MARXE.

RAQUEL CASQUEIRA.... SEM COMENTÁRIOS.

DA AUTORIA DA MINHA PESSOA, SEM MAIS ASSINO-ME ABAIXO
LILIA DE ABREU

EU. MOI. JE. ICH. AI. AI. AI...